Marcus do Rio Teixeira
Pretendo traçar em linhas gerais um painel acerca do alcance (no singular) e dos limites (no plural) da prática analítica no final do século 20 e arriscar, talvez, algumas especulações para o início do século 21. Para abordar esse tema é necessário, a meu ver, falar da inserção social da prática psicanalítica. De que modo a psicanálise é assimilada ou rejeitada na sociedade contemporânea? De que modo a teoria psicanalítica é aceita ou discutida pelos pensadores e cientistas?
Como exemplo dessa inserção, colhi um editorial do jornal Folha de São Paulo, do dia 10.set.1995 intitulado ?Pílulas ou psicanálise?? e que trata da polêmica psicanálise versus psicofármacos. O texto, bastante cauteloso e moderado, não deixa de frisar que os dois tratamentos ?não são excludentes?(sic), e que a psicanálise ?pode até mesmo ser mais eficiente, no sentido em que procura a causa individual de um mal individual de uma pessoa única?(sic). Ressalta, porém o caráter de ?elite? do tratamento analítico e lembra que ?As drogas, mesmo considerando que muitas delas sejam ainda caras, possibilitam o relativo alívio de sintomas num período mais curto que o psicanalítico?. Para concluir que: ?O avanço da psicofarmacologia abre a perspectiva de que a enorme massa de excluídos que hoje trata seus traumas a cachaça e espasmos de violência tenha enfim acesso a um método científico de terapia.?
Sinceramente, não posso dizer que compartilho da esperança dos editores da Folha de São Paulo de que a bilionária indústria farmacêutica se preocupe com a ?enorme massa de excluídos?, embora não negue o ?relativo alívio de sintomas?. Prefiro lembrar, em tom de brincadeira, uma novela do famoso escritor de ficção científica Philip K. Dick, autor do livro que inspirou o roteiro do filme Blade Runner. Na novela em questão, intitulada The simulacra[O simulacro], a história se passa nos Estados Unidos, num futuro não muito distante. Nessa época, o congresso americano, pressionado pelo lobby da indústria farmacêutica, vota uma lei proibindo a prática psicanalítica em todo seu território e punindo os infratores com a prisão.
Bem, saindo um pouco do clima paranóico das novelas de Philip K. Dick, caberia perguntarmo-nos: Por que a psicanálise, cem anos após a sua invenção, ocupa as páginas dos jornais como objeto de um questionamento sistemático, e até mesmo belicoso, por parte de alguns cientistas? O que faz com que essa teoria e essa prática que tanta influência exerceram, não apenas sobre o meio médico, mas sobre as letras e as humanidades durante o século 20, chegue às vésperas do século 21 sob a acusação de charlatanismo?
Não creio que essas críticas feitas por cientistas ? sobretudo norte-americanos ? , que pretendem explicar as idiossincrasias da conduta humana a partir da genética ou de teorias pseudo-evolucionistas, sejam produtos apenas da má-fé. Mais do que o ódio à psicanálise, sua abordagem padece de um gigantesco equívoco. O erro de abordagem consiste em pressupor que ambas as práticas, a psicanalítica e a psicofarmacológica, pertenceriam ao campo da ciência, e que, enquanto tal, seus métodos e progressos poderiam ser comparáveis. O que acontece, entretanto, é que a invenção freudiana inaugurou um novo campo, que não é mais aquele da ciência, que já existia antes deste, e do qual Freud foi obrigado a tomar emprestadas algumas noções no momento da construção de sua teoria. Tampouco pertence ao campo da filosofia ou da religião. Quer se aceite ou não, o edifício teórico e a prática clínica inventados por Freud sob o nome de psicanálise constituem um campo distinto, inaugural, que não pode ser assimilado àqueles que preexistiam a ele.
Ao introduzir nos anos 70 a noção de discurso como promotor de um laço social, Jacques Lacan possibilitou uma nova abordagem dessa questão. O discurso psicanalítico, surgido num momento histórico no qual os laços sociais existentes permitiram o avanço da ciência, é deste tributário, ao mesmo tempo em que o ultrapassa, ao colocar o sujeito numa nova configuração, ressaltando o objeto que causa o seu desejo. Não haveria incompatibilidade, e sim diferença de campos entre a psicanálise e a ciência. Os questionamentos acerca da eficácia e da cientificidade da psicanálise não enxergariam, portanto, que ela não deixa de ser científica por uma deficiência, mas sim pela própria constituição de seu discurso. O que não a impede de ter uma enorme eficácia em inúmeros aspectos. Eficácia, contudo, nem sempre mensurável por meio de critérios científicos.
Haverá, porém, interesse real nessa eficácia por parte da sociedade contemporânea? Ou a eficácia que realmente interessaria nos dias de hoje seria aquela do ?relativo alívio de sintomas? para que o indivíduo, sem perder tempo com a causa do seu sofrimento, possa manter-se sempre apto a produzir e, sobretudo, a consumir? Haverá lugar para uma prática que visa confrontar o sujeito à sua falta constitutiva em um tipo de sociedade que oferece a todo momento uma profusão de objetos supostamente capazes de colmatar esta falta? Colocadas as questões desta forma, o ponto crucial parece ser muito menos uma diferença entre critérios de eficácia do que entre posições éticas.
A psicanálise seria então a única voz destoante no coro dos contentes? Não totalmente. Aqui e ali surgem críticas de diversos setores que consideram que determinadas pesquisas, sobretudo na área da genética e da reprodução humana, padecem de graves falhas éticas, que poderiam conduzir a desvios, tais como a eugenia. Na tentativa de conter tais abusos, o termo bioética tem sido mencionado com freqüência nos últimos tempos.
Esse tipo de preocupação, embora certamente louvável, não me parece entretanto tocar o cerne do problema. Não creio que esses desvios devam ser considerados como tais, ou seja, uma deturpação ou degenerescência do discurso científico, mas sim uma conseqüência necessária do seu próprio progresso. É nesse sentido que Lacan, no seu seminário 17, O avesso da psicanálise, frisa que no discurso científico o saber sofre um imperativo que faz com que ele avance sempre, o que impele o sujeito na direção de saber sempre mais, sem se deter em nenhum obstáculo, e sem tampouco refletir sobre as conseqüências desse avanço. ?A ciência não tem nenhuma espécie de idéia do que ela faz?, diz ainda Lacan numa entrevista de 29 out. 1974.
À medida que é próprio do discurso científico promover o constante avanço do saber e desconsiderar toda e qualquer barreira, esse movimento fatalmente o leva a colidir com posições que lhe interpõem barreiras fundadas na ética. Não que o discurso científico seja aético; todavia, pelo menos em sua fase atual, ele constrói uma ética própria, bastante diversa daquela preconizada por outros setores da sociedade, e que alguns preferem denominar de ética do real. Esta ética visaria um domínio cada vez maior do real, e, dessa forma, não entraria em conflito com o imperativo do avanço do saber, mas, ao contrário, o sustentaria.
Do ponto de vista de tal ética, a eugenia, por exemplo, seria perfeitamente aceitável e coerente com os seus princípios, uma vez que visaria uma melhoria da espécie; de um ponto de vista que privilegia o real da biologia, não haveria por que não buscar o aperfeiçoamento do organismo. Essa prática só é reprovável para aqueles que, cientistas ou não, se pautam por uma ética que não se fundamenta no real da biologia, mas sim nos valores provenientes de outros campos, por exemplo, daqueles oriundos da tradição.
Do mesmo modo, se compreendemos o nosso psiquismo como a somatória de fatores bioquímicos, e toda angústia, todo sofrimento psíquico, como um desequilíbrio desses fatores, é perfeitamente coerente prescrever os psicofármacos como a solução universal para esse tipo de sofrimento.
Disse anteriormente que uma ética que não se fundamentasse no real seria procedente de um registro estrangeiro. É o caso de nomeá-lo: o simbólico. A relação da ciência com esse registro parece-me complexa e problemática. Se, por um lado, no caso da matemática (e da lógica, em outro campo), poderíamos falar de uma hiper-simbolização do real, em contrapartida, para a biologia, por exemplo, parece haver a busca de um contato direto com o real, sem a mediação do simbólico e do imaginário. Haveria algo semelhante a um voto de prescindir da linguagem, almejando alcançar uma linguagem do próprio real, escrita no livro da natureza, o qual tratar-se-ia apenas de saber lê-lo. Falar de sujeito, nesse contexto, é completamente inútil. O que está em questão doravante não é um sujeito, mas sim as alterações no real do organismo a nível celular ou molecular.
Essas concepções, por sua vez, não deixam de ter influência na cultura de nossa época. Cabe lembrar aqui a célebre afirmação feita por Lacan na mesma entrevista antes citada: questionado acerca do ?triunfo da psicanálise?, ele respondeu ser a religião aquela que triunfará; a psicanálise, por sua vez, sobreviverá ou não.
Por que a religião triunfará? E o que isso tem a ver com o avanço da ciência? Na análise de Lacan, o avanço da ciência não produz nenhum sentido, ou seja, suas conseqüências materiais, embora tangíveis, não são assimiláveis pelo sujeito (lembremos que, para Lacan, o sentido situa-se na junção do imaginário com o simbólico). O sujeito tentará preencher esse vazio de sentido por outras vias diversas da ciência, sendo a religião uma via privilegiada para isso, dado o seu know-how em fornecer sentido para a existência humana. O crescimento do misticismo e dos fundamentalismos cristão e muçulmano testemunham essa tentativa demasiado humana de preencher o vazio de sentido de um mundo dominado pelo progresso tecnológico, para a maioria das pessoas, um mundo simplesmente incompreensível e assustador.
Neste ponto, gostaria de abordar uma questão interessante, que parece ressaltar uma aparente proximidade entre o discurso científico e o discurso psicanalítico. Trata-se da situação do sujeito frente à determinação da sua vida, sua conduta, suas emoções, por causas que são alheias à sua vontade. Para a ciência, o ser humano é produto de fatores (genéticos, por exemplo) que determinam os mais elementares componentes da sua conduta; que determinam, por exemplo, sua sexualidade, sua propensão para o uso de certas substâncias tóxicas ou para desenvolver certas síndromes psicopatológicas. O sujeito, para a psicanálise, não é menos assujeitado à determinação de fatores alheios à sua vontade consciente. No caso, estaríamos falando de uma determinação inconsciente para suas ações e escolhas, mesmo as mais íntimas, ou seja, justamente aquelas em que cada um se reconhece.
Que diferença haveria entre a determinação (genética, biológica) sofrida pelo sujeito no discurso científico e a determinação inconsciente no discurso analítico? A diferença crucial é que, no primeiro caso, a determinação exclui a responsabilidade do sujeito. Quando se afirma que alguém é toxicômano ou alcoólatra, homossexual ou heterossexual, deprimido ou hiperativo devido ao seu código genético, tal afirmação pressupõe que ele é isento de responsabilidade sobre essas condutas, que ele é tão responsável por elas quanto o é pela cor de seus olhos.
Em contrapartida, para a psicanálise, a determinação inconsciente não exime o sujeito da responsabilidade pelos seus atos, pelas suas escolhas. Esse é o paradoxo que nos desafia no dia-a-dia da nossa clínica, onde os analisantes queixam-se de um sofrimento cujas origens freqüentemente são anteriores ao seu próprio nascimento, mas que devem assumir em seu próprio nome se quiserem produzir alguma modificação no seu sintoma.
A assunção da responsabilidade pelos seus atos está presente também no herói da tragédia de Sófocles. Movido por forças alheias à sua vontade, Édipo é levado ao parricídio e ao incesto. Contudo, não se limita a lamentar seu destino (que já fora previsto pelo oráculo antes mesmo do seu nascimento) e a maldizer os deuses; ele reconhece a si próprio como um criminoso, alguém que infringiu as leis da Cidade, mesmo sabendo que foi levado a praticar seus crimes como marionete dos deuses. Nesse sentido, Édipo é considerado por alguns pensadores como o primeiro herói moderno avant la lettre, já que ele assume a responsabilidade pelos seus atos em lugar de creditá-los inteiramente ao destino. É precisamente esse herói que Freud escolhe para nomear seu famoso complexo estruturador da sexualidade do ser falante.
Se até aqui falamos do sujeito no discurso científico e no discurso analítico como aquele que sofre determinações que o privam ou não da sua responsabilidade, vamos falar agora do sujeito num outro discurso como recusando toda e qualquer determinação. No início dos anos 70, Lacan preocupou-se em traçar a fórmula de um novo discurso, além dos quatro que já havia sistematizado, na tentativa de dar conta das relações de dominação e das peculiaridades do mestre contemporâneo. A este deu o nome de discurso do capitalista. Nele, o sujeito ocupa a posição mestra, ou seja, o lugar de agente, algo que só acontecia antes no discurso da histérica.
A diferença, entretanto, é radical. Enquanto no discurso da histérica o sujeito é aquele que aborda o outro ? no caso, o mestre ? a partir da sua falta, do seu sintoma, visando seduzi-lo ou intrigá-lo com sua demanda, e com isso fazê-lo trabalhar para tentar decifrar esse sintoma, no discurso do capitalista o sujeito não se dirige ao outro a partir de nenhuma falta. Ao contrário, ele exerce seu domínio sobre o outro (o empregado) exclusivamente a partir da sua vontade de fazê-lo trabalhar para si. A sua voz de comando é produzida a partir de um ato volitivo, que parece negar a própria divisão subjetiva, não deixando lugar para o inconsciente.
Esse sujeito possui como principal característica a autonomia: é o self-made man, literalmente, o homem que fez a si mesmo. Esta expressão, que sintetiza a noção de autonomia do sujeito capitalista em relação às antigas determinações, da tradição, por exemplo, deve ser lida também como autonomia em relação à própria linhagem, à cadeia de gerações e, portanto, à paternidade simbólica. Sim, pois o self-made man não descende de ninguém: tendo gerado a si mesmo, ele é o seu próprio pai. É interessante observar como essa pretensa autonomia contradiz a determinação genética proclamada pelo discurso científico, de cujo avanço entretanto ela colhe os frutos.
Além disso, não deixa de ser curioso constatar que essa autonomia é reivindicada também pelos movimentos que se pretendem críticos em relação ao discurso do capitalista: é o caso, por exemplo, das chamadas minorias, nas quais a noção de ?opção? (como em ?opção sexual?, por exemplo) é uma noção recorrente.
É preciso ressaltar ainda uma importante característica desse discurso, que Lacan resumiu na sua fórmula. Trata-se do acesso do sujeito ao objeto. No discurso do mestre, característico do laço feudal, anterior portanto à mais-valia, esse acesso não era garantido; o mestre, é claro, podia dispor do produto do trabalho do seu servo, mais ainda não havia aprendido a acumulá-lo. Lacan vai dizer que foi Marx, com sua teorização da mais-valia, que forneceu ao capitalismo a fórmula da sua longevidade, o que é uma observação bastante instigante e provocadora, pois é como se ele dissesse que foi Marx quem criou o capitalismo après-coup (só-depois).
Contudo, o que nos interessa aqui são as conseqüências para o sujeito desse acesso ao objeto. Roland Chemama até mesmo o denomina ?interpretação selvagem?, uma vez que o sujeito acederia ao objeto sem nenhum trabalho. Ele vai concluir que isso retorna sobre o sujeito como uma forma de domínio pelo objeto: o sujeito, no discurso do capitalista, é na verdade dominado pelo objeto que este discurso produz. Seria esse o limite oculto à sua autonomia?
Nesse ponto, cabe a questão: Esse sujeito seria analisável? A pergunta pode parecer despropositada, uma vez que a nossa prática é exercida em sociedades regidas pelo laço social capitalista. Mas, antes de nos determos nesse paradoxo, lembremos que Lacan já comentou em algum lugar que os ?verdadeiramente ricos? seriam mais difíceis de se analisar. Note-se que, para ele, os ?verdadeiramente ricos? não seriam os possuidores de grandes fortunas, mas aqueles que ganham a partir do trabalho do outro (do empregado); ou seja, aquele que se coloca no lugar de sujeito no discurso do capitalista.
E por que esses sujeitos seriam mais dificilmente analisáveis? Para responder a esta pergunta é preciso compreender a argumentação de Lacan, que, na sua formulação do discurso psicanalítico, situa o sujeito (o analisante) no lugar daquele que trabalha. Apesar dessa formulação ser posterior em seu ensino, desde o início dos anos 50, no seu Discurso de Roma, ele já definia a associação livre como um ?trabalho forçado? (como o trabalho que exerciam os prisioneiros nas penitenciárias). Não é de se estranhar, portanto, que aquele que se coloca subjetivamente na posição de quem põe o outro a trabalhar para si, tenha uma maior dificuldade em situar-se, num outro discurso, no lugar do trabalhador.
O que não quer dizer, obviamente, que todo patrão é inanalisável. É claro que o sujeito, mesmo no laço social capitalista, sofre os efeitos imaginários da castração, por exemplo. Mesmo que os objetos de consumo e o próprio capital se apresentem como sucedâneos do objeto a, estes não conseguem tapar a castração. É num momento de crise que o sujeito em questão pode vir a colocar-se na posição histérica, por exemplo, e demandar uma análise. Em nossos dias, entretanto, é nesse momento que a ciência (retornamos a ela) intervém, fornecendo o objeto (a pílula, o medicamento) que possibilita o alívio do sofrimento sintomático e impede o sujeito de ir mais adiante no questionamento da sua relação com o objeto que causa o seu desejo.
Estarão certos então aqueles que dizem estar a psicanálise ultrapassada e que prevêem seu fim próximo? Ultimamente temos escutado esta previsão da própria boca de muitos analistas, até mais do que da dos inimigos da psicanálise, a ponto de nos perguntarmos se em alguns deles (não todos) tratar-se-ia mais de um voto do que de um receio. Contudo, somos forçados a admitir que, se é um fato que o discurso psicanalítico não pôde surgir entre os assírios e os babilônios, por exemplo, porque os laços sociais de então não haviam ainda produzido um sujeito que pudesse suportá-lo, podemos admitir também a hipótese de que, no futuro, os laços sociais existentes tornem impossível a permanência desse discurso.
Preferimos imaginar, entretanto, uma terceira hipótese, além do triunfo da religião previsto por Lacan e do sujeito hodierno oscilando entre a ilusão de uma autonomia absoluta e uma determinação biológica total; a hipótese de que o avanço da ciência venha a produzir simplesmente uma exacerbação do sintoma histérico, como, aliás, vem produzindo há séculos.
De qualquer modo, a nossa preocupação deve ser menos com a simples sobrevivência da nossa prática do que com a sua obsolescência devido a soluções perversas. O nosso compromisso ético continua sendo o de possibilitar ao sujeito defrontar-se com a sua responsabilidade em relação ao seu sintoma e com as conseqüências da sua relação com o objeto que causa o seu desejo.
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